quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Enjoo na gravidez: características, tratamentos e quando se preocupar

O enjoo na gravidez é o sintoma mais conhecido nesta fase. Mas ainda assim costuma causar dúvidas nas mulheres, por exemplo, em relação à duração deste período de enjoos e vômitos, bem como em relação aos sintomas. Afinal, o que faz parte do “esperado” e o que merece atenção especial?

Alberto Guimarães, ginecologista e obstetra, criador do Programa Parto Sem Medo, comenta que existe uma série de teorias tentando explicar por que o enjoo na gravidez é normal. “Mas, a mais aceita está ligada aos hormônios existentes nessa fase”, diz. Abaixo, o médico fala sobre as principais características do enjoo na gravidez e explica como o quadro costuma ser tratado.

Enjoo na gravidez: quando começa?

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Os enjoos e vômitos na gravidez são comuns a praticamente todas as gestantes. Costumam ter início a partir da 6ª semana de gestação e desaparecer ao redor da 12ª semana. Mas, cada caso é único, pois o enjoo na gravidez pode variar de mulher para mulher, tanto em relação à duração como intensidade.

Guimarães comenta que o início do enjoo pode ser muito precoce. “Há mulheres que, tão logo percebem um pequeno atraso menstrual, queixam-se de náuseas, e eventualmente vômitos que podem abrir o quadro da gravidez”, comenta.

Enjoo na gravidez: quanto tempo dura?

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“No geral, para as mulheres que têm o desconforto, por volta da 12ª semana de gestação, o enjoo já diminui bastante; às vezes, até já passou”, destaca Guimarães.

Mas, mais uma vez, esta questão pode variar de mulher para mulher. Por isso, caso os episódios de enjoo e vômito perdurem por muito tempo e/ou sejam muito intensos, é essencial relatar ao médico ou à médica que está acompanhando a gravidez.

Enjoo na gravidez: remédios caseiros

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Especialmente durante a gestação, é essencial ter cuidado ao se automedicar. Mas há “medidas naturais” que podem ajudar muito a combater o enjoo na gravidez. Confira:

Consumir alimentos cítricos

Guimarães explica que algumas pessoas se beneficiam com a ingestão de alimentos mais cítricos, como as frutas cítricas, por exemplo.

Uma dica neste sentido é, antes de comer, a gestante tomar um pouco de água gelada com limão.

Apostar no gengibre

Mastigar um pedacinho de gengibre antes de se alimentar também é uma opção. Ou então, fazer o chá de gengibre:

  • Coloque 1 g de raiz de gengibre para ferver com 1 xícara de água;
  • Deixe ferver por 5 a 10 minutos e desligue o fogo;
  • Espere amornar, coe e tome.

Pode-se, também, adicionar o suco de 1 limão no chá de gengibre.

Fazer picolé caseiro de limão

A gestante pode também fazer um picolé caseiro de limão, o que ajuda, em muitos casos, a combater os enjoos. O preparo é bem simples:

  • Esprema o suco de3 limões;
  • Adicione 1 litro de água;
  • Adoce levemente (quanto menos, melhor);
  • Coloque em forminhas de picolé e leve ao congelador.

Este picolé fica refrescante e é uma boa opção para a gestante consumir ao longo do dia.

Cuidar da alimentação

Guimarães destaca que uma medida importantíssima é em relação a fracionar as refeições. Evitar tomar líquido junto das principais refeições também é essencial. “A recomendação é comer de pouquinho várias vezes ao dia e evitar volumes de sucos, no almoço e na janta. Porque, senão, se distende o estômago e podem ocorrer vômitos”, explica.

Outra orientações do ginecologista e obstetra Guimarães é a gestante não se cobrar tanto. “No primeiro trimestre, é preciso retirar da mulher aquela obrigação de ela já cumprir uma dieta muito rigorosa. É preciso diminuir um pouco essa cobrança”, comenta.

Essas são dicas gerais, mas, como cada gestante é única, é essencial seguir as orientações passadas pelo seu médico ou médica obstetra.

Enjoo na gravidez: remédios farmacológicos

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Guimarães explica que a maioria das medicações indicadas neste caso está na linha dos antieméticos. “Mas é preciso tomar muito cuidado nesta prescrição, para não se usar medicação potencialmente teratogênica, que possa gerar problemas ao bebê. Para exemplificar os riscos de uma medicação inadequada, nós temos sempre o exemplo da talidomida, que era usada há mais de 30 anos para enjoo e que, depois, a criança nascia sem os membros superiores”, alerta.

Neste sentido, exemplos de remédios que geralmente são usados para tratar o enjoo na gravidez são:

  • Dramin
  • Dramin B6
  • Meclin

Mas, vale reforçar que nenhum remédio deve ser usado sem prescrição do obstetra, pois cada caso deve ser avaliado individualmente, a fim de evitar riscos tanto para a mãe como para o bebê.

Muito enjoo: quando se preocupar?

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Os enjoos e vômitos podem caminhar para uma condição muito severa em alguns casos. “É a chamada hiperêmese gravídica, que são vômitos que não melhoram com nada”, destaca Guimarães.

“Às vezes, a mulher entra em um quadro até de perda de peso, e isso pode gerar também desidratação e queda do estado geral. Por vezes, em caso de hiperêmese, se faz necessária uma internação para medicar ação endovenosa (medicação na veia) para hidratar e ajudar na recomposição do corpo”, acrescenta o obstetra.

O que diferencia o enjoo na gravidez “esperado” de um quadro de hiperêmese, explica Guimarães, são esses vômitos que não melhoram com nada, além da perda de peso e queda do estado geral da grávida.

Enquanto o enjoo na gravidez pode ser considerado normal, o quadro de hiperêmese merece atenção especial, pois pode levar a gestante à desidratação e à perda de peso.

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