No dia 25 deste mês, o McDonald’s anunciou que irá comprar a startup israelense de big data Dynamic Yield, numa das maiores transações realizadas pela empresa nos últimos 20 anos. O início dessa compra será dado com a implementação de Inteligência Artificial (IA) no atendimento de drive-thru.
Big Data
A obtenção de dados tem seu valor reconhecido há mais de 30 anos, desde que comerciantes norte-americanos começaram a anotar as vendas em livros para se conseguir relatórios de vendas. Os dados têm valor quando fornecem informações que dão segurança a decisões operacionais, táticas e, principalmente, estratégicas de qualquer empresa. Com o advento do avanço da tecnologia e da instrumentalização de dispositivos eletrônicos diversos, é possível coletar e interpolar milhões de dados a fim de se obter informações valiosas como condições climáticas e culturais que favorecem a venda do produto comercializado. Esse conceito está em alta e é denominado Big Data.
Qual a razão de uma franquia de fast food gastar US$ 300 milhões no desenvolvimento de uma tecnologia? Para vencer no mundo dos negócios, é preciso saber obter e usar a informação como vantagem competitiva. Aproximar a inteligência tecnológica da inteligência humana é chamada de IA. Como um exemplo de IA, pode-se citar uma câmera com reconhecimento facial. No caso do McDonald’s, uma das funções da IA está em compreender, de forma automática, a preferência de consumo do cliente, dependendo de condições climáticas, hábitos alimentares e diversas outras variáveis.
Somente drive-thru?
O McDonald’s teria gasto US$ 300 milhões em uma empresa de machine learning (aprendizado de máquina) apenas para aumentar o faturamento do drive-thru? Daniel Henry, vice-presidente executivo da rede e chief information officer (CIO), em entrevista ao jornal Wired, disse que sua expectativa é ver essa tecnologia implementada em mil cidades nos próximos três meses, podendo alcançar 14 mil restaurantes dos Estados Unidos e até fora. Muito provavelmente a rede irá integrar seus novos conhecimentos de machine learning de maneira mais profunda.
“Como qualquer inovação, vamos ver se a tecnologia tem utilidade em quiosques, em cozinhas e até em pedidos online, mas podemos perder o foco se tentarmos fazer isso imediatamente”, diz Henry. “Uma parte importante desse foco é descobrir como alavancar a ‘personalização’ de um mecanismo de personalização.”
E no Brasil?
As novas tecnologias estão sendo implementadas nos diversos mercados do varejo nacional e isso já vem acontecendo também com o foodservice brasileiro. As redes de fast food já se movimentam pioneiramente na aquisição de inteligência para manter os negócios cada vez mais rentáveis, e os pequenos e médios restaurantes não podem ficar para trás.
No início deste ano, num projeto de uma grande startup e uma aceleradora de restaurantes, foi lançado o Restaurant Trends, para democratizar informação do Big Data de mais de 4.000 restaurantes em todo o Brasil, com o intuito de gerar insights de negócios de forma inusitada e gratuita. Uma boa saída para aqueles que não têm 300 milhões de dólares para investir em Big Data e IA.
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