O professor Nuno Cobra, ex-treinador do campeão Ayrton Senna, conta em seu livro “A Semente da Vitória” a história de seu primeiro pupilo, o Waldemar, que foi um grande jogador de basquete na década de 60, com presença obrigatória na seleção brasileira. Entre outras virtudes, o Waldemar tinha imensa habilidade nos arremessos de longa distância. O professor o ajudou a acreditar que a bola sempre cairia dentro da cesta porque “a bola de basquete era muito pequena e o aro da cesta era muito grande”. O atleta não sabe tudo o que precisa saber – e nem os empreendedores.
Os atletas de alta performance se esforçam, se dedicam e enfrentam a dor dos exercícios e a solidão das muitas horas de treinamento. Fazem isso na busca da realização de um sonho. Na hora da competição se entregam de corpo e alma em busca do resultado. O atleta supera a dor, ele quer o resultado.
Ele consegue se ver no pódio ouvindo o Hino Nacional.
Quanta dor suporta uma ginasta! É uma menina e já tem o rosto marcado pela dor, mas ela não está só. O rosto marcado pela dor e pelas intempéries é uma coisa muito comum entre os atletas de alta performance. Imaginem as condições ambientais no “cockpit” de um carro Fórmula 1 no inverno da Europa ou debaixo de sol escaldante no Bahrein ou ainda na chuva em Interlagos. Mas essas pessoas convivem muito bem com isso porque elas estão em busca de um objetivo. Estão na busca da realização de um sonho. De um propósito.
O atleta é o empreendedor, que tem um sonho e tem a coragem necessária para se atirar de corpo e alma na sua busca. Ele se prepara física e mentalmente para isso. Se o sonho dele é saltar acima de 2 metros de altura, ele se prepara para isso e, na hora certa, joga o coração acima dos 2 metros porque sabe que o corpo vai acompanhar.
Ele precisa de orientação do técnico, preparador físico, médico, nutricionista, psicólogo, etc… e isso custa dinheiro. Aí então ele precisa de especialistas em marketing, promoter, assessor de imprensa, advogado, etc.
O empreendedor é uma pessoa que tem o sonho de criar o seu próprio negócio. Ele se vê como parte do negócio que ele quer muito realizar. Ele sabe o que quer fazer, tem o dinheiro ou pode consegui-lo e tem a coragem para caminhar em direção ao seu objetivo. Tem a tenacidade de quem realmente quer atingir um objetivo.
O empreendedor faz sacrifícios, fica longe da família, aprende a viver com pouco dinheiro e a trabalhar muitas horas por dia. Aprende a enfrentar as adversidades, a conviver com altos juros, altos impostos e com uma máquina burocrática estatal sufocante. Ele não se envergonha por fazer trabalhos considerados inferiores, desde que isso o leve em direção à realização do seu sonho. Ele se envolve de corpo e alma com o negócio. Ele sabe o valor de cada centavo.
O bom empreendedor sabe o valor de cada cliente e sabe que precisa respeitar o cliente. Ele sabe o valor de cada ajuda e sabe que ele tem que respeitar quem o ajuda. O bom empreendedor tem sensibilidade para negócio e para as pessoas.
Quantas privações passaram os imigrantes árabes, judeus, portugueses, italianos, japoneses e de outras origens que chegaram ao Brasil no início do século passado sem falar uma palavra em português, sem dinheiro nem amigos na nova terra.
Muitos começaram a trabalhar no momento em que chegaram ao porto de Santos. Alguns, como os Matarazzo, Samuel Klein e outros, fizeram fortuna. Conta-se que no começo da vida, o Sr. Samuel Klein andava com uma carroça vendendo seus produtos para as populações de imigrantes nordestinos, daí o nome de sua empresa: “Casas Bahia”, hoje uma empresa moderna e certamente muito bem administrada por gente competente e preparada para isso. Vejam o trabalho dos padeiros, em sua maioria portugueses, que chagaram aqui como imigrantes.
Mas, nem sempre, eles sabem como fazer isso realizar o negócio. Nem sempre sabe como resolver as dificuldades que vão surgir. Nem sempre sabem como evitar problemas e como potencializar seus pontos fortes. Nem sempre têm a cultura específica necessária para resolver assuntos inerentes ao negócio.
Os consultores profissionais são pessoas que conhecem os caminhos que os empreendedores têm que seguir para viabilizar seus negócios. Sabem o caminho que o atleta tem que seguir para realizar seus sonhos. Sabem, porque estudaram para isso, ou porque foram atletas e estudaram, ou porque foram empreendedores e estudaram. Enfim, porque viveram situações e passaram por experiências. Porque se dedicaram e são preparados. Porque têm vivência e têm uma visão crítica.
Mas eles necessariamente não têm as condições do empreendedor ou do atleta. Não têm o dinheiro para aplicar no negócio, não têm a condição física necessária para atingir a performance atlética. Mais do que isso, aquele não é o sonho deles. Mas eles têm o conhecimento e a experiência necessária para aconselhar. Eles têm o reconhecimento.
Têm o notório saber. Têm a reputação de que são conhecedores do assunto.
· Só ter o sonho não é suficiente para atingir objetivos.
· Só ter o dinheiro não é suficiente para atingir objetivos. · Só ter a coragem não é suficiente. · Só ter o sonho mais o dinheiro não é suficiente para atingir objetivos. · Só ter o conhecimento mais a experiência não é suficiente para atingir o objetivo. · Só a ação não é suficiente. É necessário o conjunto sonho + objetivo + planejamento + treinamento + ação |
Grande parte, talvez a maioria dos novos empreendimentos, fecham as portas em menos de um ano. A contratação de uma consultoria especializada é um ponto importante na implantação de um negócio. Os bons consultores podem ajudar muito os atletas e os empreendedores. Eles agregam habilidades e conhecimento.
O trabalho do consultor é identificar soluções e recomendar ações nos aspectos organizacionais e operacionais, nos procedimentos administrativos e nas relações interpessoais, facilitando o trabalho dos empreendedores.
No campo dos restaurantes, existem consultores especializados em planejamento do negócio, arquitetura, especificação dos equipamentos de cozinha, elaboração de cardápio, gastronomia, insumos, criação de marcas, e muito mais.
Texto: Sérgio F. Frota
*Sérgio Frota é formado em administração de empresas pela Universidade de Brasília com cursos de extensão acadêmica, mais de 35 anos de experiência nas áreas comerciais e de projetos em diversas empresas, especialmente no segmento de indústria de equipamentos para cozinhas profissionais. É membro da FCSI www.fcsi.org
sffrota@yahoo.com.br Whatsaap(011)95485.0009
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